As estatísticas apontam que cada vez mais pessoas vivem depressivas e, segundo vários estudiosos do assunto, cada vez mais jovens são vítimas desse mal. Sofrer de depressão não é apenas sentir-se triste devido a algum problema ou insucesso. Isso seria simplificar ou banalizar a questão. Sofrer de depressão é não encontrar mais prazer em coisa alguma, é não ter energia para conseguir tomar decisões, é perder a esperança e tornar-se descrente de si próprio e de tudo.
A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado, o contrário também nunca foi.

Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas às pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis.

Exemplos de eventos estressantes são, perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito estudada.

Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os gêmeos não idênticos.

A idéia de que “não haverá um amanhã” tem levado cerca de 15% dos depressivos a tentarem ou cometerem o suicídio. Esse número poderia ser diminuído se as pessoas envolvidas com alguém nesse estado levassem mais a sério o problema, ao invés de apelarem para o simplismo de que basta apenas tomar o remédio tal e pronto: a depressão sumiu! É notório que boa parte dos remédios utilizados para essa ocorrência atua como bloqueador ou estimulador da produção de hormônios cerebrais, um processo artificial de cura, visto que agem nos sintomas e não na causa. O mesmo também acontece na chamada “síndrome do pânico”, que eu prefiro denominar “transtorno do medo” e sobre o qual já escrevi.

Notem que não tenho a pretensão de desqualificar o uso de medicamentos nas crises mais agudas da depressão, até porque, em muitos casos, tem sido possível aliar com sucesso o tratamento medicamentoso com o processo terapêutico. Porém, o que acho significativo tornar claro é que para viabilizar uma possível “cura” da depressão ou a sua regulação, há que se buscar a verdadeira origem do distúrbio, o que poderá ser feito dentro de um processo psicoterapêutico, através da ajuda competente seja de psicólogos, psicoterapeutas, psicanalistas, terapeutas, etc.; um processo que traga a harmonização psíquica e consequentemente possibilite o equilíbrio químico dos sistemas nervoso e endócrino da pessoa.

Na depressão a pessoa promove, mesmo que seja inconscientemente, a sua auto-anulação ou, de certo modo, perde a vontade de viver.

Gostaria de deixar claro que, ao notar os sintomas reais da depressão como a vontade de morrer, que é um dos sintomas mais básicos, ou o medo (pânico) o que é diferente da depressão, ou uma tristeza que persiste por mais de duas semanas (sem que você consiga achar graça em alguma coisa durante duas semanas no mínimo) que procure imediatamente um psiquiatra ou psicoterapeuta, não clinicos gerais (que só sabem receitar fluoxetina e amitriptilina), procurem médicos realmente especialistas no assunto, porque só eles sabem o remédio certo para você, eles estão por dentro do que há de mais moderno em tratamento de depressão e suas parentes. Eu tenho uma experiência bem desagradável neste assunto, pois me tratei com clínico durante dois anos, pois, o acesso a um psiquiatra era muito difícil, então tomei fluoxetina por dois anos, e me senti muito mal, fiquei completamente sem sentimentos, e isso é tão ou mais angustiante do que a depressão, e o psiquiatra me disse que isto é completamente normal, para quem faz tratamento com fluoxetina, um dos mais comuns antidepressivos, mas graças a Deus, que temos a ciência a nosso favor, e que existem antidepressivos, muito melhores e ainda bem que me livrei da maldita fluoxetina. Fluoxetina e paroxetina, nunca mais!